quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

WTF!?

Descobri que o Buda de bronze gigante plantado em Lantau tem gravado uma cruz suástica no corpo. Das duas uma, ou o Buda era Nazi, ou os Nazis eram Budistas. Estou confuso.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Waiting

O relógio antigo, pendurado na parede que já foi branca, marcava 3 horas. Nervoso de pé segurava com a mão direita um copo vazio enquanto deambulava pela sala contornando os móveis de madeira velha. Na cabeça imaginava todos os cenários que pudessem justificar o teu atraso. Um atraso que acompanhava um acumular de desilusões e falsas expectativas que criei nos inúmeros por de sol que suavemente me aqueceram o coração ingénuo Contava os passos lentamente tentando evitar os pensamentos arrepiantes que atravessavam a minha memória. Vi reflectido na parede, aquela onde pendurado estava o velho relógio marcando as mesmas 3 horas, os longos e quentes beijos que trocamos num verão soalheiro. Parei á janela e deprimente observei a chuva que cinicamente escorria no vidro mal lavado. Antes os teus atrasos intensificavam a minha insana vontade de olhar os teus olhos, os minutos que passavam fortaleciam o cheiro do teu corpo. Agora conto as pequenas gotas de água e acendo um cigarro que solitário se deita na cómoda junto á janela. Os segundos que passam são como choques internos que ferem uma alma já de si fraca, a ausência de esperança carrega uma dor constante sobre mim. Arrasto o meu corpo pela parede e deixo-me sentar no chão junto ao meu copo já cheio. O estado da sala e o cheiro nauseabundo da minha t-shirt preta dizem-me que te espero talvez há dias, não sei, o relógio continua parado nas 3 horas. O telefone abandonado garante-me o afastamento da realidade, mantem-me na minha mísera condição de quem espera impacientemente alguém que não vem. A música que ecoa nas várias colunas perdidas pela sala repete-se. Num olhar rápido vejo que a nossa cama ainda esta pronta para a tua chegada, espero-te eternamente na sala onde um dia o teu cheiro era o meu oxigénio.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

domingo, 11 de janeiro de 2009

What's up with women and age?

Women look at age decades in a fashion bizarre inside overlook to their miserable lives. I’ll sweetly explain why.
When women reach 20, suddenly become adult human beings, they think of themselves has responsible and mature. They're ready to face the problems and dilemmas of the day-to-day living. Do they have any idea they’re in university attending parties with a bunch of drunken stupid funny guys? Mea culpa ladies, crazy times called for crazy measures.
Then there’s 30, simply delicious age. Women see all men kind under or even above 30 has children, small kids desperately looking for their attention. Bulshit. Do we shrunk like in that old Sunday movie? They grow a natural magical attraction for older men, the only ones that understand all their instant needs and future expectations. Old experienced men opposing to some 29 year old children. Bulshit times two.
Finally, within my small sample, we get to the 40's. I like to call it the "time out" in women life. They develop a huge, gigantic, absorbing and constant depression. Their body suffers big changes, the idea of having kids becomes a miracle, wrinkles turn their best friends, the loneliness surrounds their tragic life. Tough times to the specimen Woman, trust me my friends, the reading and visual materials introduced me the power of 40’s in women. A truly relevant and important aspect is the attraction of 40’s Women for younger men. Maybe the children they ignored in their 30’s.

And you still say you don’t understand women? I do, oh yes I do.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Californication

Esta série contém exactamente toda a insanidade / incompreensão que motiva a minha desesperada vivencia. Perante toda a estupidez humana (talvez humano-americana) estes cerca de 30 minutos transformam-se numa religião que sigo com um sorriso na boca. A personagem de Hank Moody é para mim, mais que um exemplo, um resultado obvio da sociedade consumista, hipócrita, intolerante e exagerada em que vivemos. Ou em que os americanos vivem, tenho dificuldade em separar as duas.

Deixo aqui vários links que vos colocarão dentro da historia, drama, comédia, desta simples mas brilhante série.
http://hk.youtube.com/watch?v=M7NVKgr65hg – behind the scenes Season 2 (não aconselho a quem não quer saber o fim da season 1)
http://hk.youtube.com/watch?v=TdYi2fufdYg&feature=related – An Inside Look on the show (explicação da série com alguns dos momentos engraçados da season 1)
http://hk.youtube.com/watch?v=IWJhAOnJIzI&feature=related – Um dos meus momentos favoritos da season 1 – Hank para variar é inconveniente e destrói literalmente o ego de uma mulher com quem os seus amigos o tentam ligar.
http://hk.youtube.com/watch?v=ybF0nPZqUsc – Season 2 episode 8 – cena hilariante com Paola Turbay.

Um bom excerto (não estará exactamente como no episodio porque fui eu quem o escreveu).

Beca’s teacher: “I just love your daughter, she is my favourite student”
Karen: “Oh, Thanks. Nobody said that to us, because of all the Satan worship you know?”
Teacher: “I think this is just a phase, she is a very good girl. The Satan thing is maybe related to your relationship as a couple”
Hank: “I asked her to marry me and she rejected me, I gave the ring to a homeless.”
Teacher: “Sad story”
Karen: “The important thing is that we both love Beca and we make sure she has all our support. We share the same ideas for her.”
Hank: “except that I want Beca to be lesbian and Karen just wants her to be happy”.

A propósito, e em jeito de despedida, a Karen é talvez a mulher com mais classe que vi em toda a minha vida. Um aplauso a sua beleza. She deserves it.

Até mais

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

HK

Falar de Hong Kong é para mim mais que um prazer uma realidade. O cheiro nauseabundo do peixe seco mistura-se com as centenas de pessoas que caminham apressadas num mar de objectivos, valores e vontades diferentes. Os gigantes edifícios cumprimentam os inúmeros restaurantes, bares e lojas representativas de um consumismo exacerbado que torna tudo fácil em HK. A imponência do porto mostra-nos a imensidão de barcos assimétricos tapando a margem oposta que se cobre pela grandeza das construções, das montanhas e ilhas perdidas. A simplicidade das ruas assim como a complexidade das passagens transporta-nos rapidamente a qualquer lado da ilha sem que os nossos olhos tenham a possibilidade de se distrair. O estridente barulho constante das ruas e pessoas acresce um mágico magnetismo que nos faz sentir vivos. A cidade engole-nos e ficamos submergidos pela cultura, lazer e energia de um povo chinês ainda confuso entre a coroa Britânica e o Comunismo. é maravilhoso descobrir todos os cantos escondidos que guardam locais ou estabelecimentos maravilhosos.

Falo-vos de Hong Kong enquanto sentado no café (aquele que me lembra a estadia de quem tudo me ensinou) escrevo emocionado olhando Hollywood Road no apogeu do seu movimento, vendo ocidentais e orientais juntos nos seus diversos objectivos. Olho a bonita empregada, acabo o meu sumo de coco e banana e preparo-me para sair, o caminho até casa podia classificar-se de longo em qualquer outra cidade, aqui será apenas mais uma aventura.

Até mais

domingo, 4 de janeiro de 2009

Bye

Sem perceber o estado do sujo tampo de vidro pousei violentamente o copo insípido de whisky barato em cima da mesa. Ignorei as fendas enquanto mentalmente te pedi uma mísera explicação. Espero-a numa ansiedade relaxante acompanhado da estranha mesa de vidro rachado e do eterno solitário copo embebido ao qual me seguro com todas as forcas que ainda tenho. “Essa merda só te faz mal” – dizes-me indiferente voltando-me as costas num movimento brusco. Não te respeito, não te oiço, não me das a explicação que estupidamente procuro. Perco-me num mar infinito de pensamentos inúteis em busca de qualquer coisa inteligentemente construída para te dizer. Estou confuso, abano o braço direito discretamente e fito o longínquo líquido gorduroso perguntando-lhe por uma solução. “O teu cabelo está diferente” – digo sem pensar na futilidade do meu comentário idiota. Observo a mesa rachada e dou mais um longo gole, estou á tua espera. “Vou sair, não sei quando volto” – as ultimas palavras que secamente me dirigiste.