quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nao ha coincidencias

Nao me digam que existem coincidencias. Nao sou como a pega que escreve porque alguem lhe disse que tinha jeito. Eu dizia-vos (ou escrevia-vos – ja viram a ironia?) para o que ela deve ter jeito, mas voces ou ja sabem ou entao ela nem para isso serve. Bem, esquecendo o precalco em Rebelos Pintos, nao existem mesmo coincidencias. Acreditem no que quiserem, como a historia do homem na lua (homem ou americano, atencao as diferencas), mas eu sei o que digo, sei pois! O quotidiano prova o que defendo, escutem aquela frase que sai em jeito de desbloqueador de conversa: “Quem diria que iamos estar aqui sentados com uma jola na mao depois de tantos anos? Que coincidencia hein?”, qual coincidencia seu estupido, de coincidencia tem nada, queriamos os dois uma cerveja e estavamos no mesmo sitio, chama-se vontade, e todos temos vontade, uns mais que outros, mas temos. Nao entremos por ai. Nao se acreditem tambem que ha coincidencia alguma no encontrar daquela rapariga com quem andamos a sonhar ha 2 semanas: “Olha Diga, esta ali a Teresa, ja viste a coincidencia de a encontrarmos aqui?”, mais uma vez errado, nao existe aqui qualquer elemento coincidencial, provalvemente (diria com 99%) a escolha do sitio foi desde ja condicionada pelo facto da Teresa poder eventualmente aparecer. As vezes ela nao aparece mesmo, e entao nem coincidencia, nem sorte, nem bem informados fomos, caramba como detesto telemoveis. Mas passemos a frente por favor. Relembro tambem o classico puxar da coincidencia quando temos um amigo comum, um local onde iamos em comum, sei la, este tipo de idiotices, ora vejam: “Tas a gozar? Nao me digas que conheces o Diga, o mundo eh mesmo uma ervilha, que coincidencia, ja viste”, qual coincidencia qual que. Primeiro, conhecer-me eh normal, sou um tipo famoso, faco por isso, segundo, quando moras na mesma cidade (pequena) e vais aos mesmos sitios eh natural que conhecas pessoas em comum, estranho eh nao conheceres o palerma que esta a falar contigo. De coincidencia tem zero, claramente enganoso. Ate na desgraca voces (desgracados) procuram as coincidencias, essa uniao ate no sofrimento: “O teu pai tambem esta morto? Que coincidencia...”, coincidencia o c***, estao eh os dois sem pai, as minhas condolencias.

Leiam bem, antes que se enganem, nao ha coincidencias.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pois

Nao tinha dito, mas tenho namorada. Nao sei o que aconteceu, ou melhor sei, arranjei namorada. Sabem o mais engracado? eh gira, simpatica, divertida e interessante. Acrescento, diz que gosta de mim. E eh portuguesa, que eu nao confio em estrangeiros. Um pouco como o pajem quando vai ao corte ingles e compra atum ramirez. Ela chama-se Sara por sinal.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sugestao para comunidade reprimida

Com saia sem saia, com aquele calcao curto para o qual nao inventaram um nome, mais menos comprido no tecido. Eu gosto de pernas, femininas diga-se, apesar de continuar sem perceber a diferenca entra a perna masculina chinesa e a perna feminina universal. Pormenores. Eu gosto de pernas, e isso sobressai nesta curta informacao. Acho que o aquecimento global pode ate ter mao de alguem que partilha a minha visao, calor acumulado em troca de pernas despidas, seja quem for um grande bem-haja a sua pessoa.

Conselho do dia

Come japones BBQ, a comida satisfaz, o preco aceitasse e tens direito a estomago confortavel para longa noite de estupidez.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Boas noticias

Dia 29 Setembro a 1 Outubro, seminario da Eurosport em Dublin.
Plano: Lisboa de 25 a 29 de Setembro + de 1 a 5 de Outubro.

Ninguem, mas ninguem se atreva a nao estar presente. Vai para 8 meses sem respirar Europa/casa, nao me lixem.

Se a casa de Melides estiver pronta, no segundo fim de semana ha churrascada com minis e vinho para grupo de amigos embriagados.

Saudades

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As calcas certas

Tenho de partilhar isto. Comprei umas calcas que de facto me ficam bem. Tem o meu tamanho de cintura e comprimento. Sao perfeitas. Estou em pulgas.

O meu andar ate fica mais sensual. Uma delicia.

Abencoadas Denim (e H&M por me permitir o acesso a elas)

Domingo ao Sol

Domingo 2 de Agosto, dia mais quente e humido do ano em HK.
Domingo 2 de Agosto, amigavel contra equipa da 2 divisao das 12h as 14h.

Que grande ideia esta.

35 graus com quase 90% de humidade. Estou a pesar menos 3 quilos pelo menos. E agora sempre que vejo o sol sair escondo-me atras dos caixotes. Fiquei queimado em 2 horas o correspondente a uma semana de praia no Algarve.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Desilusao em formato cinematografico

Fui so eu quem nao gostou do novo Harry Potter?
Eu sempre achei que o livro se centrava na magia, creatividade, amizade e lealdade. E nao transpor os tempos do whispers para um cenario de castelos, borboletas e salas de aulas.

Fiquei desiludido portanto.

SOS Expires

Como? Nao sei, nao percebi, mas deixei acontecer. Porque? Fazia sentido, e continua a fazer. Quem? Tu, porque em ti penso a cada segundo. Quando? Nao sei, aconteceu, porque eu deixei, e tu tambem. Mesmo? Sim, que querias que fizesse? Gosto de ti. Estas bem? Nao podia estar melhor. Alias, podia. Se estivesses aqui, se tivesse o teu ombro, se os teus labios me acariciassem e sentisse a tua repiracao proxima do meu ouvido. O que? Eh isso mesmo que estas a ler, queria-te aqui, nao assim, queria-te sempre.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

SOS relacao

Relacoes, relacoes, esse assunto polemico. As relacoes sao sempre pautadas por problemas, sejam eles importantes ou nao, estao la sempre. Dilemas constantes que impedem que tenhamos uma visao simplista dos assuntos mais comuns. Eu sou mau nisto, nao tenho jeito, nasci sem o dom, nao sei. A verdade eh que nao sei que fazer para melhorar, ou se calhar sei mas nao quero mudar, nao sei. Vamos por isto de uma forma simples, como talvez isto seja, o que eh que eu faco numa relacao? Qualquer conselho serve, vamos malta amiga, ajudem um pobre caso “quase” perdido. Existe urgencia camaradas, existe urgencia.

Obrigado em avanco, como dizem os gualeses

terça-feira, 28 de julho de 2009

Totti, um Deus, um nome, uma so camisola


Nao eh, nem sera segredo para ninguem que Totti eh o mais proximo de idolo que tenho, no futebol e, porque nao, na vida. Nao eh perfeito, nem creio que tal coisa exista, mas ele significa, para mim, que no futebol, assim como na vida, ainda ha quem siga o coracao acreditando num ideal. Seja em que trabalho for, a sociedade actual caracteriza-se por uma camabada de mercenarios que encobrem a falta de respeito e educacao evocando “ambicao”. Eu sou ambicioso tambem, mas acredito que nas nossas decisoes (e em particular no desporto/futebol), se deve ganhar um sentimento de carinho pela empresa, clube ou instituicao a que pertencemos. Um sentimento que nos faca, antes de mais, respeitar as pessoas que a/o involvem, assim como quem as/os apoia.

Tudo isto eh Totti.

Renova por mais 5 anos com a AS Roma. Mais um distincao (jogador com mais golos marcados na Serie A apenas por um clube), mais uma jura de amor, mais um exemplo para os demais, mais uma licao do Deus de Roma. O carisma, simpatia e humildade de Totti, ultrapassam qualquer barreira cultural, gosto por futebol ou paixao clubistica. O facto de nao ter conhecido outra camisola, adeptos, estadio ou cidade fazem dele um exemplo quase unico no futebol (e porque nao no dia-a-dia laboral do universo) nao compravel a Raul, Buffon ou Del Piero. Ao contrario dos ultimos, Totti nunca teve a possibilidade de lutar por uma Champions e apenas ganhou um campeonato de italia, afastou-se da elite futebolistica em prol de uma paixao, AS Roma.

Para quem nao sabe, Totti quase nao pode sair a rua em Roma. Eh visto como um deus pelos adeptos da ASR e respeitado pelos laziale (talvez o unico jogador da Roma respeitado pelos adeptos da Lazio na historia dos 2 clubes). Totti representa bem mais que um jogador de futebol, ele representa a cidade, a paixao romana e italiana, representa a simplicidade, o compromisso, a palavra, o amor “a camisola”.

Quem o conhece diz que eh um homem de familia exemplar, estando super proximo dos pais/irmao e tambem mantendo uma relacao saudavel com a sua mulher Ilary bem como a paixao que tem pelos filhos. Sempre esteve ligado a projectos de reconstrucao da sociedade romana, assim como a projectos humanitarios em Italia. Nem tudo sao rosas, Totti nunca teve acesso a estudos e tambem pela sua humildade/inocencia, eh conhecido pelas calinadas que da em discursos publicos, por calinadas falamos erros de conjugacao de Italiano. Mas Totti eh grande, eh unico, eh a grande razao pela qual ainda acredito numa esperanca para o futebol como o desporto mais bonito do mundo.
http://www.youtube.com/watch?v=VvIntafLa9o
http://www.youtube.com/watch?v=t7tgRsZfrqk

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um programa diferente

Ontem fui ao cinema. Sim, eu fui ao cinema. Razao? Queria ver o Harry Potter. Perguntam voces, gostaste do HP? Nao sei, ja nao havia lugares para o Harry e para nao deixar mal a minha companhia, fui ver o Ice Age 3. Esta giro, eh divertido e tal, e foi muito fixe porque o filme rodou em 3D. Bem, foi isto.

Vou para Macau jantar agora. Vou la pela comida portuguesa, tenho muitas saudades. Volto amanha criancas, nada de choros.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Em Hong Kong tambem existem duvidas sem certezas

Queria falar de duas situacoes, uma eh uma simples analise do povo chines outra um acontecimento banal de fim de semana.

Gostava que alguem sano me conseguisse explicar o porque desta raca nao saber andar na rua. Nao eh que eles tenham um andar esquisito, nao eh que andem especialmente devagar ou rapido, nao sao os passeios que sao demasiado curtos ou largos, sao eles mesmo. Nao tem direccao definida, parecem alcoolicos totalmente descontrolados soltos na calcada. Param quando se lembram, mudam de passada com o vento, passam da esquerda para a direita por razoes que com certeza nao saberao explicar. Ja la vao quase 8 meses e a situacao atormenta-me a todas as vezes que decido sair de casa, ja passei noites em claro procurando uma explicacao, um motivo cultural, fisico ou psicologico. Cheguei a conclusao que nao existe, aposto que seria um negocio lucrativo abrir uma escola de “aprendizagem de caminhar em publico”.

Passando a assuntos menos perturbantes, este sabado o Goncalo gentilmente organizou um passeio de barco (vulgo Junk Trip) em homenagem ao povo portugues perdido nos encantos da bela cidade de HK, ou Asia no geral. Em acordo com o unico restaurante “portugues” em HK, que providenciou os comes e bebes, partimos na simpatica embarcacao na aventura de uma passeio sem rumo.
O dia comecou com uma suspeita de tufao, sim em HK eh normal por esta altura haverem tufoes, mas obviamente os tugas nao iriam abdicar de comida e bebida sem fim num barco ao largo das aguas de HK. A viagem ate a praia onde acabamos por atracar foi dura, o mar estava agitado e o caminho pareceu mais longo que o que realmente era. Por entre bastantes cervejas, vinho branco e um espumante Mateus Rose (JESUS!!!) la chegamos a Deep Water Bay, onde ja parados comecou a refeicao. Com o barco parado era obvio que iamos nadar e experimentar as aguas limpas de HK (que anedota). Aqui comecou um capitulo (O capitulo) importante desta tarde/noite. Ao ver 2 alemaes chegarem ao nosso barco vindos de outra embarcacao, eu e o Rodrigo (portugues acabadinho de chegar para tomar o trabalho de senhor Antonio) resolvemos fazer uma visita ao barco deles tambem. La nadamos a longa distancia (parecia muito mais perto visto do barco) e ao chegarmos fomos muito bem recebidos com cervejinha e boa disposicao dos presentes. Ora um dos alemaes, ja bem bebido e perante o nosso desafio de nadar de volta para o barco, resolveu fazer-nos companhia. Chegando ao nosso destino com o alemao como nosso acompanhante, recebido por entre vinho portugues e gente simpatica, ainda distraido perdeu a nocao do tempo. Ora nao eh nosso (dele principalmente) espanto que o barco dele abandona o local com o seu tripulante perdido em territorio portugues. Conclusao, alemao sem roupa, dinheiro e telemovel a bordo de embarcacao de portugueses embriagados. Nada de bom podia sair daqui, e nao saiu de facto. La acabou a nossa jornada e por entre uma viagem de autocarro absolutamente surreal (da qual terei fotografias mais tarde seguramente, autenticas perolas) o alemao veio ate minha casa com o antonio onde lhe dei roupa e alcool. Resolvemos entao ir jantar fora nesta linda figura, bebedos, sem tomar banho e prontos para qualquer coisa. Posso dizer-vos com toda a honestidade, que nao me lembro sequer do jantar, perdi a conta a noite e nao vos quero contar a quantidade de coisas que fui sabendo no domingo. Fiz telefonemas que nao devia ter feito, aparentemente beijei uma rapariga casada (ela tambem so me avisou depois) – de referir que a culpa foi do rodrigo, e para culminar uma noite absolutamente surreal, duas raparigas dormiram na minha cama e eu na sala. Inedito, duas raparigas a dormirem em minha casa e nao houve nada, e gracas a deus que nao houve, ate tinha medo do que poderia fazer.

Fica a experiencia e a aventura, a repetir mas com mais calma esta bem? Assim eh muito exigente.

Fotos autorizadas:











segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vidas duplas

Nao entendo as pessoas que vivem uma vida dupla. Nao entendo como se guardam segredos dos nossos amigos mais proximos. Gosto de pessoas misteriosas, tem um toque algo sedutor e logicamente quando acompanhado de uma personalidade complexa, o segredo eh “compreensivel”, ate caracteristico. Mas enerva-me, irrita-me, apetece-me ser assim tambem.

A falta de transparencia sempre me deixou confuso, admito que ha muitas pessoas que assim limpam ou escondem uma imagem que poderia ser reveladora de todos os seus defeitos, mas eu defendo que quem gosta de mim tem de me conhecer por completo, ou seja, os piores defeitos assim como todas as possiveis virtudes. Sou o que sou, nao preciso de fazer 30 por uma linha para esconder ou reparar males pelos quais sou responsavel, ha quem lhe chame ingenuidade, eu chamo-te simplicidade. Cada vez estou mais desconfiado das pessoas, das suas vontades, do seu passado, do seu presente, das suas verdades, das suas crencas. Quando conhecemos uma pessoa bem, julgamos saber o que esperar, julgamos conhecer a sua vida, as suas motivacoes, o seus gostos, as suas vontades, as experiencias e sonhos. Mas nao. As pessoas guardam sempre um lado obscuro (nem sempre no sentido negro da palavra) onde so vai quem elas sabem nao as julgar. Deve ser por isso que nao me deixam entrar la, porque eu julgo, todos deviamos julgar. Nao julgar por prepotencia, julgar por amizade, julgar em sentido critico afim de tornar quem gostamos uma melhor pessoa. Julgar porque so assim progredimos. Que sentido tem a vida se esconder os meus desejos e atitudes mais deploraveis? Nenhum, sao eles que construiram parte do que sou, fui ou serei. Detesto duplicidades, detesto olhar para alguem que esta ao meu lado e pensar: “sera que esta pessoa estara amanha a dizer que eu nao presto a pessoas que nem sei que conheco?”, “sera que esta pessoa sai de casa a noite e vai roubar os velhos que procuram um abrigo?”, “sera que esta pessoa se encontra em segredo com a minha namorada enquanto trabalho?”. Nao sabemos com o que contar, odeio isso.

Eu sei quem sou, nao sou melhor nem pior do que nenhuma outra pessoa. Sou diferente, e isso faz de mim a pessoa que sou. Mesmo para alguem que me conhece ha pouco tempo, sabe dos meus defeitos, e se eh meu amigo/a eh porque me respeita e eh capaz de conviver com tais problemas. Poderao haver surpresas, porque nos nao somos robots, nao seguimos um padrao de informacao como um computador, mas sabemos o que queremos e o respeito e tranparencia para com os que nos estao proximos sao basicos seja na amizade como no amor.

Tenho dito.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como disse?

Como eh que se faz quando se esta apaixonado? Canta-se? Chora-se? Faz-se uma surpresa? Fica-se em casa? Como eh que se faz?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Japao, a descoberta

Estou apaixonado por Tokyo. Pela cidade, pelas pessoas, pela cultura, pelas ruas, pela organizacao, pela comida, por tudo. Um simples dia em Tokyo da para perceber que em Lisboa/Europa estamos ainda no seculo XIX. A tecnologia/creatividade esta presente em tudo o que os japonese poem a mao. O impressionante esta mesmo no facto de tudo estar extremamente coordenado, organizado, limpo e bem conservado. Desde lojas, a passeios, jardins, ruas, edificios, cafes ou restaurantes. Entre bons exemplos do desenvolvimento de Tokyo, estao o sistema electronico das sanitas (muito interessante), onde uma serie de comandos associados ao assento permitem que, com um jacto de agua automatico, se obtenha uma limpeza do traseiro agradavel e fresca, ou ainda o aquecimento do assento para evitar qualquer desconforto na ida a casa de banho.
Outro exemplo curioso, sao os chamados “love hotels”, que podem ser utilizados fora da conjuntura obvia do seu nome. A criacao destes hoteis tem origem nos precos astromicos dos taxis em Tokyo, ora passo a explicar, como a maioria dos habitantes vive longe dos centros (centros de lazer – restaurantes, bares) e o metro/comboio so abre as 5 e meia da manha, estes hoteis foram construidos para facilitar a vida a casais, e nao so, que nao tenham dinheiro para pagar um taxi para casa. Sim os taxis sao mais caros que o aluguer do quarto. Pode-se escolher o quarto atraves de um video sem passar por qualquer recepcao ou contacto directo com uma pessoa afim de evitar embaraco. De referir que, devido ao elevado preco das rendas, a maioria dos jovens vive com os pais e pode tambem utilizar estes hoteis para momentos mais intimos fora do contexto descrito. Ultima curiosidade, para os habitantes de Tokyo nao existem SMS’s, a mensagem escrita eh para eles uma autentica incognita, todos comunicam por e-mail, todos os telemoveis tem acesso a internet e estao preparados para enviar e-mails e comum pesquisa atraves do explorer ou safari. Logicamente eu fiz a triste figura do: “mando-te uma mensagem mais tarde com a morada do restaurante, ok”, “ mandas o que, desculpa?”, funnys estes japunas.

Fora as curiosidades acima descritas, tenho a dizer que comi a grande e a japonesa, tirando 2 refeicoes ocidentais (uma francesa, outra “mediterranica” – seja la o que isso for) comi apenas comida japonesa. Tokyo eh a cidade do mundo com mais restaurantes por metro quadrado, se pensarem que a cidade tem 30 milhoes de habitantes (sim, 3x mais que Portugal inteiro) podem ter uma ideia da quantidade de restaurantes que se podem ver num simples passeio pela cidade. A questao eh que todos eles tem comida fresca e servem maravilhosamente, com um atendimento super profissional e simpatico que da vontade de voltar sempre ao mesmo sitio.
Entre as refeicoes que fiz, na terca comi numa taberna bem ao estilo underground Tokyo com a nova manager para a Coreia, excelente comida tipica japonesa + comi barbatana de tubarao; quarta fui a um restaurante trendy Japones (eles quando dizem trendy nao brincam, eh mesmo trendy) com a rapariga que estava a formar mais a manager da Coreia, a comida estava divinal e provei pela primeira vez o Shochu (semelhante ao Sake mas feito de forma distinta, eh conhecido como o elixir da juventude - http://en.wikipedia.org/wiki/Shochu), adorei. Curiosidade, as mesas estavam todas situadas dentro de pequenos cubiculos ao estilo lusco-fusco japones e chamavas o empregado atraves de um botao.
Ora quinta feira foi talvez o melhor jantar a nivel de qualidade de comida e bebida, o Goncalo chegou de manha e combinei com a Catarina (brasileira nascida na Coreia que eh reporter da Record em Tokyo) irmos jantar juntos. Ela marcou uma mesa num restaurante pelo qual fiquei apaixonado, mesmo conceito de mesas intimas mas com uma seleccao de comida (diferente da que estamos habituados) espetacular e um Shochu de batata que era de chorar por mais. Jantamos eu, a Naho (rapariga que estava a formar), Catarina, Brian (americano, marido da cata), Goncalo e Maiko (namorada do goncalo, japonesa btw), o grupo estava animado pelo shochu, cerveja japonesa e sake, e o jantar foi super divertido, again a comida estava excepcional.
Sexta combinamos jantar com a Marina (rapariga japonesa que fez erasmus comigo e com o Emilio) mais amigas noutra zona diferente de restaurantes, bares e discotecas. O restaurante foi escolhido pela Marina e mais uma vez comemos muito bem, mas o melhor foi o Sake. Serviram o dito cujo dentro de canas de acucar/bamboo, conservando o frio e bebendo o delicioso liquido dentro de copos tambem eles feitos de bamboo. O shochu nao estava tao bom, mas o empregado que nos serviu era simplesmente de chorar a rir, super simpatico e “metedico”. Jantamos eu, Goncalo, Maiko, Marina, Arisa (mais tarde apelidada de Alzira para facilitar a comunicacao) e uma gaja da qual nao me lembro do nome mas extremamente oferecida e bem feita, para nao ser parva. Acabando o jantar fomos encontrar o Bernardo, acabado de chegar e ainda baralhado e ligeiramente chateado (mas nao surpreendido) com o avancar do nosso estado alcoolico para a hora. Bem, passando a frente, encaminhamo-nos pelas animadas ruas de Shibuya ate uma discoteca sugerida pelas locais. Tinha 2 pisos (apesar de elas insistirem que eram 3), com diferentes estilos de musica, desde Pop, Hip-Hop ate a house/electronico. Passamos um bom momento naquele espaco e fomos para o hotel onde no pequeno quarto apenas com uma cama, ficamos os 3 num conforto algo duvidoso.

Sabado era dia de passeio, e tambem de mudanca de hotel. Foi de grande inteligencia decidirmos mudar de hotel, mas antes de descrever o seu conceito, vou contar-vos a caricata cena de despedida do anterior hotel. Ora sabado era dia D para o Goncalo, ia almocar com os pais da Maiko afim de ser “apresentado” a familia. Curiosamente, a minha saida do hotel com o Bernardo e as malas coincidiu com a chegada dos pais da Maiko e a nossa apresentacao foi inevitavel, qual nao eh o meu espanto que ao ver o Bernardo dirigir-se afim de dar um beijinho a mae da Maiko (qual portuga decidido) o Goncalo corre assustado gritando: “nao beijes, nao beijes”. Priceless.
Ora passemos ao novo hotel. Situado perto de Ginza (zona de comercio chique) a recepcao ficava no 16 andar onde decorada num estilo moderno repleto de classe se podia ver a bela vista sobre Tokyo. O nosso quarto estava no 20 andar e era tao discretamente bem decorado como o resto do hotel, muito simpatico, muito mesmo.
O passeio nesse dia estava decidido ha muito e depois de uma curta passagem por Ginza, encaminhamo-nos de metro (eu e Bernardo) para o templo de Akasuka, numa area interessante de Tokyo, ladeado por uma feira repleta de lojas de rua e restaurates, uma longa rua levou-nos ao templo imponente apesar de estar em obras (domage). Pessoalmente acho que todas as religioes sao despreziveis mas mantenho esta estranha atraccao pelo budismo, gosto da purificacao da alma, do cheiro do incenso, da paz e da crenca num destino. Gostei do templo basicamente.
Depois disto, fomos para Harajuku, zona alternativa de Tokyo, repleta de comercio, pequenos cafes e autenticas personagens (as pessoas vestem-se como nunca antes visto) e aqui terminamos o dia por entre uma sessao fotografica no minimo comica, dificil de descrever.
O jantar ficou combinado outra vez com a Catarina, agora perto dos canais da zona sul de Tokyo. O restaurante era muito giro, situado na margem do rio/mar, tinha producao propria de cerveja (que diga-se nao estava nada demais) e ficamos na simpatica esplanada onde jantamos eu, Goncalo, Bernardo, Alzira, Catarina, Brian, Maiko + 2 amigos (um e uma). A comida era agradavel, yet ocidental. Mais tarde fomos a um bar de salsa (ainda nao percebi muito bem fazer o que) e domingo foi dia de acordar e preparar as coisas para voltar para a realidade.
Note: esqueci-me de referir (quase hein), que de tarde comprei uma daquelas gravatas pretas fininhas para ir com a minha camisa branca e fiz uma figura ridicula toda a noite, sem vergonhas.

Quero ir trabalhar para Tokyo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Japao, em busca do desconhecido

Carissimos, o bebe esta de partida para Tokyo. Regresso no Domingo, ate la, por favor sintam a minha falta.

Receio que vou passar uma boa semana. Trabalho durante o dia, recreio de noite. Estou contente por Goncalo, Filipe e, se calhar, Bernardo virem quinta acompanhar-me na descoberta (ao que me disseram super interessante) do Japao moderno.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Elevadores emocionalmente inteligentes

Ontem reparei numa situacao curiosa, sempre que entro num elevador carrego primeiro no botao do andar onde me encontro e depois no botao do andar para onde quero ir. Sei que eh um bocado Miguel Amaral, mas de facto para mim faz mais sentido fazer as coisas desta forma. As maquinas na minha optica tem inteligencia emocial, nao sei explicar. Mesmo que se trate de um processo mecanico para mim tem de fazer sentido na alma. Whatever...

Um dia andarei num elevador que funciona a minha maneira. Tem muito mais sentido seus praticos de merda.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Hino aos Velhos

Conheço pouco sobre os velhos.

Sim, as pessoas de idade que compram o jornal de manha e se sentam nos bancos de jardim todo dia. Sim, os que jogam cartas viciados trocando frases incompreensíveis para os demais. Sim, os que por motivos de saúde ou por despeito viajam sentados nos transportes públicos. Eles, os velhos.

Eles que carregam a nossa história. Sim, os que precisam de fraldas por sofrerem de incontinência. Sim, eles. Eles, que nos cabelos gastos nos trazem o passado. Eles , que nas velhas mãos nos mostram o sofrimento do presente. Eles , que nos olhos cansados reflectem o futuro. Eles, os velhos.

Eles que praguejam contra a evolução. Sim, os que insultam a juventude perdida. Eles, que fumam por fumar. Eles que são a voz da experiencia, eles que sabem o que nunca saberemos. Sim, os que viveram durante guerras, os que viveram num mundo sem poluição. Sim, eles que inventaram o que utilizamos. Eles, os velhos.

Nós não respeitamos os velhos. Sim, nós somos cruéis. Nós não reconhecemos o que fizeram por nós. Sim, nós ignoramos os velhos. Eles que nos deram o chao que pisamos. Eles que não se conheceram na internet. Sim, eles que jogavam ao pião. Sim, eles que se encontravam ás escondidas com as namoradas nos jardins. Eles, os velhos.

Nós os sabichões. Nós os eternos precoces. Nós a juventude sem rumo. “Eles têm sempre razão?”. Eles, os velhos, transportam a razão. Eles sabem. E nós? Nós não os ouvimos. Nós jogamos nas consolas. Nós consumimos os programas na televisão. Nós falamos a desconhecidos através de um monitor. Nós? Nós não sabemos nada.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um fim de semana

Mais um fim de semana passou e deixou marcas de habitual cansaco. Supostamente, o fim de semana eh para descansar, mas nao os meus fins de semana, com certeza.
Sexta feira sai do trabalho ja tarde (nao deu para ir ao ginasio) e apos curta troca de indromentaria, fui fazer tempo a casa da Alice por entre umas cervejas e uma agradavel conversa com um amigo brasileiro da anfitria (Bruno de seu nome). Havia festa brasileira na praia a noite, festa essa que iria comecar as 8h mas isto de combinar horas, etc com uma brasileira e 2 italianos obviamente da asneira. Fomos, so, dar um abraco a um colega de trabalho deles que fazia anos, mas o rapaz acabou por chegar atrasado umas 2 horas (e ainda acompanhado com o que poderia facilmente considerar-se uma filha do presidente da camara da Tailandia) e, consequentemente, nos so chegamos a South Bay (praia onde a festa se desenrolava) perto da meia noite e meia. A festa estava pelas ruas da amargura mas com a Alice a ir para tras do bar fazer super caipinhas de morango e numa boa seleccao de musica em conjunto com o DJ mudamos ligeiramente o rumo das coisas. Acabou cedo a festa e terminei em casa da Alice num cenario depressivo entre uma bela pasta preparada pelo Andrea com a Alice a dormir profundamente na cama.

Ora, sabado queriamos ir a praia. E fomos, andamos pela costa a passear ate Repulse Bay. Nao chegamos praticamente a tocar a areia, ficamos na conversa (eu, Antonio e Filipe) ate as 7h30 junto aoparedao” (eh o unico nome que me vem a cabeca para aquela rua junto a areia). Jantamos na varanda do Filipe umas pizzas (ja acompanhados pelo Goncalo), com vinho branco portugues terminando num whiskyzinho em jeito de digestivo. Fomos para o Azure (estou farto daquilo) encontrarmo-nos com o Mantero e a Madalena e, para ser honesto, o unico momento engracado foi passar por marroquino ao falar com a amiga da Madalela meio francesa meio polaca. Mais engracado eh que ela misturava ingles e frances a falar comigo no meio da barulhada do bar e eu nao percebia nada mas ela nao se calava. Para este ter sido o momento alto imaginem. Tinha torneio de futebol as 9 da manha de Domingo e o indicado seria ir para casa, mas nao. Fomos para Wanchai (good old Wanchai). Acabamos num bar/discoteca muito estranho onde a mais feia das filipinas presentes fez questao de dancar o mais perto possivel da minha pessoa e, por entre uma conversa que nao entendi, o Filipe ja estava prestes a por uma amiga e a respectiva em minha casa. Eu nesta altura sorria com cara de estupido porque nao percebia nada, ate que finalmente nada se passou porque a mais feia nao tinha passaporte (gracas a deus). Conclusao, cheguei a casa quase as 7 da manha e logicamente, nao acordei para o torneio. Era a ultima fase e acabamos por ganhar a taca shield, fiquei MUITO chateado comigo proprio.

Domingo foi muito bem passado em Lantau (mesmos criminosos, eu, Antonio e Filipe), acabando na praia de Discovery Bay a jogar um belo futebol. De referir que esta zona eh perfeita para viver em familia, eh uma especie de condominio gigante, com casas com vista para o mar, zona de restaurantes com esplada junto a praia, courts de tenis, jardins, sem transito automovel (so transportes publicos e residentes podem circular), e ainda com ferry directo para central. Qualidade de vida, eh o que vos digo. Um dia vou morar la (ou repulse bay, a estudar).

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Amor escondido

Sentado no meu quarto oiço a tua doce voz e finjo conversas intimas. Imagino o teu olhar carinhoso reflectido nos meus olhos apaixonados, deixo-me levar pela música dos teus delicados gestos. Denuncio-te a minha loucura enquanto sinto a tua pequena mão passear na minha cara de felicidade. Vejo-nos em sonhos, sentados num qualquer banco de jardim, cobertos por uma lua de contrastes perfeitos que ilumina o cenário platónico construído na minha solidão de romantismo utópico. Respiro fundo, desenho as tuas longas pernas entrelaçadas numa posição envergonhada e pinto a doçura das tuas bochechas rosadas. Vejo na sombra uma rosa vermelha deixar escorregar lentamente uma minúscula gota de água no teu ombro despido. Abraço-te apaixonado e fotografo-nos apertados num beijo eterno.

Sozinho no meu quarto vejo repetidamente esse jardim, os meus lábios guardam o imaginário beijo ao cair da lua nos teus cabelos morenos. Tremo de imaginar o teu sorriso e em segredo sigo-te em longas tardes de solidão. Caminho com o teu perfume em lentos passos, gravando as tuas costas nuas no meu pequeno caderno de bolso. Em silêncio observo da minha cama as estrelas. Tenho a impressão que somos velhos conhecidos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dragon Boat Festival

Dragon Boat Festival consiste num feriado mitologico chines onde a principal atraccao eh uma corrida de barcos (Drangon Boat precisamente, deporto oficial incluido nos World Games) que representa uma homenagem a um famoso poeta chines que se suicidou no ano 278 AC (dos primeiros poetas conhecidos da historia do mundo). Para mais detalhes consultem o Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Duanwu_Festival. A maneira mais rapida de obter informacao errada.

Bom, em Hong Kong a corrida tem lugar em Stanley, uma simpatica zona balnear com um famoso mercado na praceta principal. Stanley esta na ilha de HK, a uns 15, 20 minutos de taxi de minha casa. Durante a corrida que decorre na praia principal, estao varios barcos (ao estilo de iates, alguns maiores e mais bonitos do que outros) que sao alugados por empresas, equipas, bares, etc. e que estao atracados ao largo em posicao previligiada para ver as corridas. A convite do Bernardo, membro de uma das equipa (Los Chiles, equipa originalmente mexicana), eu e o Antonio fomos convidados para o respectivo barco que eles alugaram para amigos e membros dos Los Chiles. O barco era grande q.b. com comida e, mais importante, bebida a descricao (por bebida entende-se coronas, vinho e tequilha). Tinha tambem uma mesa de mistura relativamente croma DJ incluido, amigo do pessoal. Acredito que por esta altura quem me conhece ja esta a perceber o que aconteceu, mas nao, foi pior do que voces estao a imaginar.

O mar estava batido e estava a chover ligeiramente, o barco abanava mal pus os pes vindo do taxi boat que nos levou ate la. Nao precisavamos de beber para sentir o efeito, mas bebemos a mesma. Mas nao bebemos muito, bebemos tudo. Entre vinho portugues, coronas e uns shots de tequilha, rapidamente a situacao no barco ficou fora de controle. Bem, la saltei do topo do barco para a agua (a pedido de muitas familias), arriscando levar com um dos inumeros barcos que passavam na cabeca, de referir tambem que a distancia ate a agua ainda era de uns bons 4/5 metros (pelo menos foi essa a impressao que tive). Nao foi assim tao arriscado porque nao fazia ideia do que estava a fazer, mas fica-me bem criar algum drama. Dancamos, abracamo-nos as pessoas (fiz muitos amigos no barquinho), balancamos como gente grande e fizemos ali relacoes para a vida toda (Antonio se me estas a ouvir, sabes do que falo).

A festa no barco terminou perto das 6 da tarde com a delirante vitoria da equipa dos Los Chiles no combate entre 7os lugares. Entre os vencedores estava o Bernardo o que nos encheu de orgulho. A continuacao dos festejos fez-se na rua principal de stanley, os bares estavam apinhados e montaram um palco com uma banda ao vivo que animou bastante os animos. Para ser sincero nao me lembro muito bem dos pormenores, as ultimas 3 cenas que tenho na cabeca sao (por ordem de embaraco, da menor para a maior): 1) dancar o Mr. Brightside descalco no meio da rua agarrado a duas novas amizades alemas com a mochila do Rafael (ainda nao percebi porque a carreguei); 2) beber metade da tequilha que estava dentro da taca entre 2 penaltys com a cara do mexicano desesperado pensando que eu ia desta para melhor (mas nao fui, segurei-me forte e feio nos meus amigos mais recentes); 3) a chegada da pobre Alice com a mae (tinham ido ver as corridas/festa e vinham de um jantar calmo) deparando-se com a minha figura absolutamente hilariante. Calcoes de banho, meio descalco, mala dourada (de senhora, uma amiga de Jesus indonesia que conheci no barco), uma corona em cada mao e encharcado dos pes a cabeca. Foi sem duvida o melhor momento para conhecer um familiar de uma grande amiga, seguramente que fiquei no coracao da familia.

Resumindo, belo feriado. De referir que fui trabalhar no dia seguinte, estava fresco como uma alface.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A crise chegou a Wanchai

Nao vos contei um episodio caricato que experenciei a semana passada. Fui ao jantar de anos de uma amiga minha, um jantar simpatico num restaurante tailandes perto de minha casa. Depois do jantar resolvi ir beber umas cervejas (e vodka, admito, mas foi so um copo. Mentira, bebi da garrafa. Desculpem) para o terraco do IFC (dos maiores edificios de HK – senao o maior – foi de onde saltou o Batman no ultimo filme do mesmo. O terraco eh publico, gosto.) com os amigos da Madalena. O que eh que acontece num dia semana quando chega as 2 da manha e estas meio bebido? Sim, vais para Wanchai. Mesmo que nao queiras, vais. E perguntam voces, onde/o que eh Wanchai? Eu explico, para isso estou aqui. Wanchai eh uma zona de HK que se desenvolveu gracas aos bares de prostituicao construidos para assistir os marinheiros que chegavam a terra depois de anos no mar. Agora tem prostituitas mas tambem bares, restaurantes e lojas (acho eu). Bom, estava eu a sair de Wanchai para regressar a casa, caminhava tranquilo na rua procurando um taxi, quando entrei realmente num (loucura em HK, dado 80% dos veiculos nas ruas serem taxis, sim, eh verdade). Ora descansado disse a minha morada de casa (em cantones, eu sei a minha morada em cantones. E nao eh nada facil, Mo Low Miu Guy) quando do nada entra uma rapariga no taxi. Condutor arranca com a dita cuja ao meu lado a gritar que eu tinha de lhe dar 500HKD (cerca de 50EUR). Eu olho para ela e digo que, obviamente, nao a conheco e nao lhe vou dar 500HKD. Ela discute em chines com o condutor do taxi (tudo isto enquanto nos encaminhavamos para minha casa), volta-se para mim e insiste que lhe de 500HKD, eu reitero a minha posicao repito que nao lhe vou pagar absolutamente nada e acrescento que saia do taxi. Nao estou contente. O taxista la para e ela sai no meio do nada (ainda estou para perceber o que foi daquela senhora, mas acho que ela nao se perde, tenho essa sensacao) e o resto do caminho vai a dizer-me num ingles enferrujado que 500HKD eh um excelente preco, que deve ser porque eu sou bonito. “Usually they ask between 1000 and 1500 HKD. You’re a lucky guy, very lucky guy”.

Eh oficial, a crise chegou a prosituicao / Wanchai.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Um Quiz para panda ver

Ontem fui a um quiz de beneficiencia, o dinheiro revertia a favor da WWF, em particular para os Pandas. Eu nao gosto de pandas, sao muito quietos, aborrecidos, comem folhas e adoptam permanentemente uma posicao extremamente confortavel. Ok, mas tratava-se de um quiz e o objectivo era acertar umas perguntas e, essencialmente, estimular o divertimento. A nossa equipa era composta por myself, Antonio e Bernardo, digo era porque dado o reduzido numero de participantes na nossa equipa (atencao, poucos mas bons) juntaram-se a nos uma inglesa de olhos rasgados, uma chinesa (de olhos rasgados tambem, caso nao soubessem) e um americano. Todos advogados, uma classe que, pondo de forma simples, desprezo (desculpem Vasco e Filipe, voces sao bons rapazes).
Olhando para a nossa mesa podia pensar-se que a mistura de experiencias, profissoes e culturas fosse uma grande vantagem. Mas nao. Eu e o Antonio fomos honestos, o nosso potencial estava no desporto, geografia europeia e musica. Nao havia muito por onde mexer nestes temas. As raparigas dizeram com ar pretencioso (quase ofensivo) que politica, historia e factos de HK eram o seu forte (que pessoas desinteressantes). Ora, o Bernardo ocupou-se de preencher o mapa da Europa (entre mim, Antonio e Bernardo acertamos 32 em 40 paises, nao esta mal), eu e o Antonio fomos ajudando (note-se que no desporto fomos afundados, as perguntas eram surreais), especialmente na musica onde eramos os unicos interessados. Ora em politica e historia, nepia de ajuda, fomos mais nos do que os nossos advogados a responder, e note-se que o americano conseguiu falhar umas boas 3 perguntas sobre os EUA, fantastico. A grande ajuda dos nosso 3 companheiros foi realmente na historia e factos de HK, eu acertaria umas 3, eles acertaram 9 em 10.

Factos a retirar da experiencia: 200HKD sao demais para estar entre ingleses. Os advogados sao desinteressantes. A cerveja em bares associados a festa de beneficiencia eh cara. Ficamos a meio da tabela (diria sexto lugar) e eu nao gosto de nao estar nos tres primeiros. Os ingleses nao se sabem divertir. Gosto de Wanchai.

Como ter um filho sem chatices

Um dos sonhos que alimenta o Homem eh o sonho de ser pai. Imagino uma sensação única, especial e eterna em que deixamos um bocado do que somos no mundo. Alguns dizem que o casamento eh necessário para sermos pais, casar, amar alguém e depois ter um filho. O velho ideal do amor eterno reflectido no nascimento de uma criança. Eu também quero acreditar nisso, mas não encontrei nada que se pareça, e as perspectivas para que isso aconteça são de momento muito reduzidas. Outra “desvantagem” do casamento entre juras de amor e o, consequente, nascimento de um rebento, prende-se com a triste realidade que a sociedade vive hoje em dia da separação, traições e um sem numero de relações estragadas onde, em muitos casos, os filhos são utilizados como argumentos, moedas de troca. Pode ser uma visão negativa, pessimista da realidade com que me deparo, mas acaba por ser provada nos números astronómicos de divórcios, crianças filhas de pais separados, casos de custódia de “molho” nos tribunais. Para mim eh difícil de ignorar. Baseado nesta reflexão, encontrei o que poderá ser a ideia mais brilhante que alguma vez tive. Encontrar alguém meu amigo, uma rapariga em quem tenha confiança, que esteja bem de saúde, que me respeite, que seja apenas minha amiga e, logicamente, queira ter um filho como eu e não tenha encontrado o “amor da vida” (seja lá o que isso for). A solução será inseminação artificial, a fim de evitar confusões na cabeça dos envolvidos e mantendo uma saudável relação de amizade. Reparem nas vantagens, a criança será criada num clima de confiança, amizade e compreensão. Será amada por igual em 2 lares diferentes sem que nunca fique confusa, dado que nenhum dos pais fará qualquer jogo psicológico. Haverá um bom rendimento conjunto e todos os esforços financeiros serão feitos em prol da criança. A criança será obviamente bonita (caso seja concebida através dos meus genes, esta claro). Um dia, quando crescer, nunca se vai deparar com a terrível imagem dos seus pais a fazerem amor e poderá dizer de consciência tranquila: “Os meus pais são muito amigos”, sem que pareça cliché. Por isso, meninas e meninos que acham a ideia genial (para os meninos, a criança pode não ser bonita porque não será concebida por mim), pensem com muita forca nesta solução e se precisarem de mais conselhos por favor contactem-me. Paz na Babilónia

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O futebol é duro

Meti-me no torneio de final de época da minha equipa de futebol, jogos de 12min, 6 para cada lado, muita correria incluida. A segunda ronda terá lugar (primeira já passada de forma exemplar no fim de semana passado) este domingo de manhã. Qual não é a minha surpresa que eles estão a espera que eu não beba EXCESSIVAMENTE no sábado a noite. Como é que se faz para beber, mas não excessivamente? Alguém sabe? Não sei como lidar com esta pressão. Fazem com cada exigência mais estranha...

Para referência, aqui esta o dito e-mail:

“Azzurris,

Here comes the moment we have been waiting for with a solid opportunity to bring back a title.

For this we have built up a very solid squad as follows:

Greg
Miles
Ariel
D
Milfo
Ed
Diogo
Ben
Thomas
Tarik

Quick reminder on the rules:
- The last 24 teams have been sorted in 4 groups of 6
- Each game is 12 mns with no halftime and unlimited subs from the center of the pitch (all other rules of 11 a side apply)
- 4 points for a win, 2 points for a draw, 1 point per goal scored
- Top 4 in each group make it to semi-finals as follows:

The top teams from each group go immediately to the Cup semi-final

The second placed teams from each group go immediately to the Plate semi-finals

The third placed teams from each group go immediately to the Bowl semi-finals

The fourth placed teams from each group go immediately to the Shield semi-finals

The fifth and sixth placed teams go home.

We are starting off against D2 Champions (promoted to D1) Mobsters. Let us give them hell and go on one game at the time to make it through.

Please avoid excessive drinking on Saturday and make sure to be on time
- 9h45am at King's Park.

Cheers,

D (95228748)”

terça-feira, 19 de maio de 2009

Voltei por razoes que nao sei explicar

E para isso vos deixo uma mensagem:

"Raras serao as vezes que te direi isto: espero que estejas enganada. Que isto seja uma fase, como uma pequena brisa que temporariamente varreu os teus sentimentos. Espero que o arrependimento te agarre, que a razao te chame e que voltes em uniao com o que construimos. Espero ouvir outra vez a tua voz doce junto ao telefone, espero sentir de novo o teu delicado sussurro arrepiar os recantos da minha alma. Por isso me ajoelh desesperado em eternas noites chamando pela saudade. Peco-lhe mesericordia, confesso-lhe as nossas tardes de preguica enquanto lhe pergunto se se esqueceu do que um dia fomos. Ainda te vejo repetidamente presente em nitidos sonhos cobertos de lembrancas que parecem tao reais. Ainda espero que realizes a estranha forca de um amor que nunca morreu, espero que encontres a memoria que guarda o teu olhar ternurento. Espero que estejas enganada."

By Di Diogo, inspired by a couple of glasses of wine

quinta-feira, 12 de março de 2009

Banda sonora de um funeral imprevisto

Quando morrer, se isso alguma vez acontecer, quero esta musica a tocar no meu funeral.
http://www.youtube.com/watch?v=XhMSKdCgVYQ&feature=related

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Update

Faz já um tempo que não escrevo no meu beloved blog e por isso decidi regalar-vos com um pequeno conjunto de palavras em jeito de resumo das últimas semanas. Antes de mais, muito trabalho. Tempos complicados exigem realmente esforços extra. Estou a aprender como gente grande, tomar conta de muitas coisas ao mesmo tempo, organizar-me de forma mais equilibrada, politizar a minha simples forma de ser, conhecimentos gerais sobre o canal e todas as suas áreas são aqui muito mais indispensáveis Concluindo, muito proveitoso e portanto um desafio continuado que penso terá um balanço súper positivo no final, para quando esse final? Não sei. A nível pessoal, alguns altos e baixos como sempre caracterizei a minha vida. Dias bons, dias maus, acontece a todos. O importante e estar confortável em casa, manter uma vida social saudável e partilhar as minhas ideias. Apesar de tudo, sinto falta de um amigo verdadeiro. Em Paris fiz vários e fazem-me falta. O poder desabafar os nossos sentimentos, o conseguir explicar o que estamos a pensar sem precisar de falar, o partilhar de uma cerveja falando sobre assuntos interessantes e úteis (futebol, politica, miúdas, sonhos, futuros, passados). Bem, acredito que chegara o dia em que encontrarei alguém semelhante em HK, mas agora percebo a sorte que tive em Paris. Deixando-me de lamechices (isto de passar tempo de mais com raparigas transforma-nos nuns moles), esta semana fui pela primeira vez as corridas de cavalos. Fiquei impressionado, as luzes, as apostas, a cerveja, o barulho, os cavalos, a cheira da relva, o desespero. Sem dúvida que levarei Pajem a tal experiencia, a única coisa que não se adequa com os seus princípios eh o facto de estar em pé. Em relação a qualquer texto publicado no passado que vocês possam eventualmente ter gostado, digo-vos que o futuro pode ser sorridente. Estou a escrever há já um mês historias um pouco mais alongadas que espero em breve poder partilhar com vocês Acho que por enquanto eh tudo, hoje o dia esta calmo. Aquele abraço ou beijinho A gosto.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Criativity

Um fazendeiro resolve colher alguns frutos da sua propriedade. Pega num balde vazio e segue para o pomar. No caminho, ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas de alguem que provavelmente invadiu as suas terras. Ao aproximar-se lentamente, observa várias raparigas nuas a tomar banho na sua lagoa. Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais profunda da lagoa e gritam:- Nós não vamos sair daqui enquanto não se for embora.
O fazendeiro responde:- Não vim aqui para vos espreitar, só vim dar de comer aos jacarés !

Moral da História: É a criatividade que faz a diferença na hora de atingirmos os nossos objectivos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Home sweet home

Já passei por bastantes mudanças de casa, entre a vida cigana passada na linha em companhia de caro Senhor pai, as inúmeras aventuras Milanesas (incluindo a semi-mudanca para um hotel duvidoso durante uma semana – unforgettable), sem esquecer a dificuldade no estabelecimento em Paris, posso afirmar que a experiencia é já vasta.
O que ainda não sabia é que a vida me reservou a maior mudança de todas para HK, ir viver sozinho. A verdade é que em todas as experiencias anteriormente descritas nunca vivi em solidão (tirando um mísero mês em Paris, onde sabia a partida que se trataria de uma transição). Ontem foi portanto a minha primeira noite sozinho na MINHA casa, soube muito bem. Alias, estou apaixonado pela minha escolha e tenho trabalhado no duro para conseguir criar um espaço simpático e adaptado as minhas pequenas exigências Por enquanto muitas coisas têm de ser terminadas, posso no entanto adiantar-vos de que se trata de um 21 andar, com uma vista abrangente sobre os arranha-ceus e um pouco de mar (ah, esse mar), disponho de um quarto onde cabe apenas a minha cama de casal, a sala é grande q.b. iluminada pelas 2 grandes janelas, na cozinha a luz é também abundante e nela estão todos os meus maiores desejos, e por fim a MINHA casa de banho, com um polibã bastante grande mas de pequeno espaço global. A casa devera estar “finalizada” no decorrer desta semana, entre idas ao IKEA, a antiga casa e a umas quantas lojas referenciadas, sendo que sábado será a derradeira machadada. Espera-se a chegada, numa só tarde, de um tapete preto (133 x 197) que ira abraçar a minha super mesa de jantar preta/castanha (168 x 90), uma moldura para o meu quadro oferecido durante a estadia de meu pai, um conjunto de pratos muito simples (tudo preto, é uma pancada minha), espera-se também a chegada de uma magnífica televisão – ou televisor - (LG 22”) em conjunto com uma aparelhagem HI-FI (LG com 2 colunas e leitor CD/DVD). Ah, vai ficar uma casa do caraças.
As próximas visitas serão senhor meu Pai e Eva (confirmados) e Dr. Pajem e Ângela (por confirmar) e terão o enorme prazer de visitar tão nobre apartamento. No entretanto, e tendo tudo em ordem Sábado de tarde, nessa mesma noite haverá jantar de inauguração com todos os que fazem parte do meu grupo de conhecimentos em HK.

Para os curiosos, paguem um bilhete de ida (e volta se conseguirem) e visitem o vosso Dojo.

Aquele (abraço ou beijinho, escolham)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

WTF!?

Descobri que o Buda de bronze gigante plantado em Lantau tem gravado uma cruz suástica no corpo. Das duas uma, ou o Buda era Nazi, ou os Nazis eram Budistas. Estou confuso.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Waiting

O relógio antigo, pendurado na parede que já foi branca, marcava 3 horas. Nervoso de pé segurava com a mão direita um copo vazio enquanto deambulava pela sala contornando os móveis de madeira velha. Na cabeça imaginava todos os cenários que pudessem justificar o teu atraso. Um atraso que acompanhava um acumular de desilusões e falsas expectativas que criei nos inúmeros por de sol que suavemente me aqueceram o coração ingénuo Contava os passos lentamente tentando evitar os pensamentos arrepiantes que atravessavam a minha memória. Vi reflectido na parede, aquela onde pendurado estava o velho relógio marcando as mesmas 3 horas, os longos e quentes beijos que trocamos num verão soalheiro. Parei á janela e deprimente observei a chuva que cinicamente escorria no vidro mal lavado. Antes os teus atrasos intensificavam a minha insana vontade de olhar os teus olhos, os minutos que passavam fortaleciam o cheiro do teu corpo. Agora conto as pequenas gotas de água e acendo um cigarro que solitário se deita na cómoda junto á janela. Os segundos que passam são como choques internos que ferem uma alma já de si fraca, a ausência de esperança carrega uma dor constante sobre mim. Arrasto o meu corpo pela parede e deixo-me sentar no chão junto ao meu copo já cheio. O estado da sala e o cheiro nauseabundo da minha t-shirt preta dizem-me que te espero talvez há dias, não sei, o relógio continua parado nas 3 horas. O telefone abandonado garante-me o afastamento da realidade, mantem-me na minha mísera condição de quem espera impacientemente alguém que não vem. A música que ecoa nas várias colunas perdidas pela sala repete-se. Num olhar rápido vejo que a nossa cama ainda esta pronta para a tua chegada, espero-te eternamente na sala onde um dia o teu cheiro era o meu oxigénio.

domingo, 11 de janeiro de 2009

What's up with women and age?

Women look at age decades in a fashion bizarre inside overlook to their miserable lives. I’ll sweetly explain why.
When women reach 20, suddenly become adult human beings, they think of themselves has responsible and mature. They're ready to face the problems and dilemmas of the day-to-day living. Do they have any idea they’re in university attending parties with a bunch of drunken stupid funny guys? Mea culpa ladies, crazy times called for crazy measures.
Then there’s 30, simply delicious age. Women see all men kind under or even above 30 has children, small kids desperately looking for their attention. Bulshit. Do we shrunk like in that old Sunday movie? They grow a natural magical attraction for older men, the only ones that understand all their instant needs and future expectations. Old experienced men opposing to some 29 year old children. Bulshit times two.
Finally, within my small sample, we get to the 40's. I like to call it the "time out" in women life. They develop a huge, gigantic, absorbing and constant depression. Their body suffers big changes, the idea of having kids becomes a miracle, wrinkles turn their best friends, the loneliness surrounds their tragic life. Tough times to the specimen Woman, trust me my friends, the reading and visual materials introduced me the power of 40’s in women. A truly relevant and important aspect is the attraction of 40’s Women for younger men. Maybe the children they ignored in their 30’s.

And you still say you don’t understand women? I do, oh yes I do.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Californication

Esta série contém exactamente toda a insanidade / incompreensão que motiva a minha desesperada vivencia. Perante toda a estupidez humana (talvez humano-americana) estes cerca de 30 minutos transformam-se numa religião que sigo com um sorriso na boca. A personagem de Hank Moody é para mim, mais que um exemplo, um resultado obvio da sociedade consumista, hipócrita, intolerante e exagerada em que vivemos. Ou em que os americanos vivem, tenho dificuldade em separar as duas.

Deixo aqui vários links que vos colocarão dentro da historia, drama, comédia, desta simples mas brilhante série.
http://hk.youtube.com/watch?v=M7NVKgr65hg – behind the scenes Season 2 (não aconselho a quem não quer saber o fim da season 1)
http://hk.youtube.com/watch?v=TdYi2fufdYg&feature=related – An Inside Look on the show (explicação da série com alguns dos momentos engraçados da season 1)
http://hk.youtube.com/watch?v=IWJhAOnJIzI&feature=related – Um dos meus momentos favoritos da season 1 – Hank para variar é inconveniente e destrói literalmente o ego de uma mulher com quem os seus amigos o tentam ligar.
http://hk.youtube.com/watch?v=ybF0nPZqUsc – Season 2 episode 8 – cena hilariante com Paola Turbay.

Um bom excerto (não estará exactamente como no episodio porque fui eu quem o escreveu).

Beca’s teacher: “I just love your daughter, she is my favourite student”
Karen: “Oh, Thanks. Nobody said that to us, because of all the Satan worship you know?”
Teacher: “I think this is just a phase, she is a very good girl. The Satan thing is maybe related to your relationship as a couple”
Hank: “I asked her to marry me and she rejected me, I gave the ring to a homeless.”
Teacher: “Sad story”
Karen: “The important thing is that we both love Beca and we make sure she has all our support. We share the same ideas for her.”
Hank: “except that I want Beca to be lesbian and Karen just wants her to be happy”.

A propósito, e em jeito de despedida, a Karen é talvez a mulher com mais classe que vi em toda a minha vida. Um aplauso a sua beleza. She deserves it.

Até mais

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

HK

Falar de Hong Kong é para mim mais que um prazer uma realidade. O cheiro nauseabundo do peixe seco mistura-se com as centenas de pessoas que caminham apressadas num mar de objectivos, valores e vontades diferentes. Os gigantes edifícios cumprimentam os inúmeros restaurantes, bares e lojas representativas de um consumismo exacerbado que torna tudo fácil em HK. A imponência do porto mostra-nos a imensidão de barcos assimétricos tapando a margem oposta que se cobre pela grandeza das construções, das montanhas e ilhas perdidas. A simplicidade das ruas assim como a complexidade das passagens transporta-nos rapidamente a qualquer lado da ilha sem que os nossos olhos tenham a possibilidade de se distrair. O estridente barulho constante das ruas e pessoas acresce um mágico magnetismo que nos faz sentir vivos. A cidade engole-nos e ficamos submergidos pela cultura, lazer e energia de um povo chinês ainda confuso entre a coroa Britânica e o Comunismo. é maravilhoso descobrir todos os cantos escondidos que guardam locais ou estabelecimentos maravilhosos.

Falo-vos de Hong Kong enquanto sentado no café (aquele que me lembra a estadia de quem tudo me ensinou) escrevo emocionado olhando Hollywood Road no apogeu do seu movimento, vendo ocidentais e orientais juntos nos seus diversos objectivos. Olho a bonita empregada, acabo o meu sumo de coco e banana e preparo-me para sair, o caminho até casa podia classificar-se de longo em qualquer outra cidade, aqui será apenas mais uma aventura.

Até mais

domingo, 4 de janeiro de 2009

Bye

Sem perceber o estado do sujo tampo de vidro pousei violentamente o copo insípido de whisky barato em cima da mesa. Ignorei as fendas enquanto mentalmente te pedi uma mísera explicação. Espero-a numa ansiedade relaxante acompanhado da estranha mesa de vidro rachado e do eterno solitário copo embebido ao qual me seguro com todas as forcas que ainda tenho. “Essa merda só te faz mal” – dizes-me indiferente voltando-me as costas num movimento brusco. Não te respeito, não te oiço, não me das a explicação que estupidamente procuro. Perco-me num mar infinito de pensamentos inúteis em busca de qualquer coisa inteligentemente construída para te dizer. Estou confuso, abano o braço direito discretamente e fito o longínquo líquido gorduroso perguntando-lhe por uma solução. “O teu cabelo está diferente” – digo sem pensar na futilidade do meu comentário idiota. Observo a mesa rachada e dou mais um longo gole, estou á tua espera. “Vou sair, não sei quando volto” – as ultimas palavras que secamente me dirigiste.